Você, advogado que conhece a venda de processos e está pensando em implementar essa solução em seu escritório, já parou pensar em processos judiciais interessantes para venda?
Para quem não sabe, existem determinados tipos de causa mais indicadas para venda. Neste artigo, vamos indicar quais são elas e demonstrar de que forma o advogado pode apresentar a venda de processos a seus clientes. Continue a leitura e saiba mais.
Processos judicias interessantes para venda: quais são?
Vejamos, então, uma relação de processos judiciais interessantes para venda.
Civil
A ações cíveis, em muitos casos, são consideradas de elevada complexidade. Isto é, estamos falando de processos submetidos a inúmeras variáveis, cujo desfecho costuma ser imprevisível.
Para a comprovação de responsabilidade civil no âmbito de um contrato, por exemplo, é preciso demonstrar com grande precisão a causalidade relacionada ao dano. Sem estabelecer essa relação de forma bastante minuciosa, a defesa não chegará a um desfecho favorável.
Com isso, podemos dizer que para o advogado o gerenciamento desse tipo de causa exige um trabalho árduo. Ao mesmo tempo, para o cliente, a incerteza a respeito da resolução acaba por gerar grande ansiedade.
Precatórios
Precatório é uma espécie de requisição de pagamento de determinada quantia a que a Fazenda Pública foi condenada em processo judicial, para valores totais acima de 60 salários mínimos por beneficiário.
E embora estejamos falando de uma decisão já proferida, isso não significa que o crédito judicial será pago prontamente. Isso porque o ente governamental deverá incluir em sua proposta orçamentária os valores pecuniários devidos para, então, honrar aquele compromisso no próximo exercício financeiro.
Esse processo pode demorar alguns anos e o cliente costuma permanecer aguardando por mais tempo do que gostaria. A propósito, está tramitando na Câmara dos Deputados a PEC 23/2021, a chamada PEC dos precatórios. Em linhas gerais, o Governo Federal está orquestrando uma verdadeira manobra para dar o calote no pagamento de créditos judiciais devidos.
Trabalhista
Existe um verdadeiro mito de que causa trabalhista é sinônimo de causa ganha. As pessoas, em geral, têm essa percepção. O bom advogado, por outro lado, sabe que isso não é verdade.
Por isso, a depender do caso, vale a pena avaliar se a venda de processo não é melhor solução para o cliente.
Quais os riscos de não implementar a venda de processo como solução em seu escritório?
Agora que você já conhece processos judiciais interessantes para venda, vamos chamar a atenção para outro ponto da maior importância: os riscos de não implementar essa solução em seu escritório.
Obviamente, esse expediente não será a regra e sim a exceção frente ao gerenciamento das demandas que chegam até você. No entanto, não contar com esse recurso significa ter dificuldades para gerar caixa, deixar alguns clientes insatisfeitos com os seus serviços e lidar com casos de difícil resolução.
Como apresentar ao cliente a venda processo?
Na hora de apresentar a venda de processo a seus clientes é preciso deixar claro que essa é uma solução inteiramente legal. Isso porque muitas pessoas têm dúvidas a respeito da lisura desse procedimento e acabam o rejeitando sem nem mesmo conhecer como tudo funciona.
Por isso, esclareça qualquer aspecto relacionado a legalidade para, em um segundo momento, abordar qual é o custo-benefício associado a esse recurso. Nesse sentido, demonstre que o dinheiro recebido hoje mediante a cobrança de um deságio pode ter o mesmo valor do crédito referente a uma causa recebido anos depois. Afinal, o dinheiro tem valores diferentes ao longo do tempo em função da inflação.
Além disso, é importante destacar que o valor cobrado pela empresa referente ao deságio nada mais é do que um recurso necessário para remunerar o trabalho dos agentes envolvidos no gerenciamento do caso, que ainda tramitará na justiça. Não se trata, portanto, de um custo abusivo ou algo do gênero.
Por fim, demonstre que não existe causa ganha, como já destacamos. Todo o tempo e esforço do escritório de advocacia para representar o cliente ao longo de anos não necessariamente levará a um desfecho positivo. Como já dizia aquele velho ditado: de cabeça de juiz e barriga de mulher grávida, nunca se sabe o que sairá.